14 de agosto de 2012

Federação de Portalegre do PS condena encerramento do Ramal de Cáceres


É hoje desactivado o Ramal de Cáceres, linha ferroviária que serve essencialmente os Concelhos de Crato, Castelo de Vide e Marvão e, desta forma, a totalidade do Norte Alentejo.


A Ideia não é nova e, muitas vezes, a tentaram pôr em prática. No entanto, só agora foi objecto de concretização plena e sugerida como irreversível e inquestionável.

O desinvestimento que o interior do país tem assistido passa agora para uma segunda fase, a eliminação de infra-estruturas existentes e com potencial de gerar riqueza.

Mas será que a equação que já fora tentada poderia não ter tido o desfecho que hoje se conhece?
Será que o encerramento do Ramal de Cáceres podia ter sido evitado?
Será que os decisores poderiam ter tido outra – mais acertada – opção?
Será que os eleitos locais e principais interessados desenvolveram todos os esforços necessários?


A todas estas questões a resposta que se esperava era, naturalmente, SIM.
Contudo, aquilo a que assistimos é o produto acabado da pior equação política possível, para o Distrito de Portalegre.

A um Governo PSD/CDS que tem uma agenda promotora do abandono do Distrito de Portalegre, somam-se poderes autárquicos incapazes de influenciar e promover alternativas satisfatórias, como acontece no caso do Crato, com a CDU, ou em Castelo de Vide e Marvão com o PSD.

Para estes, hoje, apenas resta a última das armas, a indignação. Mas aos que tinham expressa missão de lutar pelos seus concelhos, pelas suas gentes e pela sua região isso não basta.

Não basta aparecerem no último dos dias com o semblante carregado que só serve de justificação às suas próprias incapacidades.

O Partido Socialista, para além de condenar o Governo do PSD/CDS, por desistir do Distrito de Portalegre, não compreende a ineficácia da acção dos autarcas dos concelhos mais afectados.